Prestes da fazer um ano desde que começou o conflito no Médio Oriente, com o ataque do Hamas a Israel, o secretário-geral das Nações Unidas apelou ao fim da "violência chocante" e do "derramamento de sangue" em Gaza e no Líbano.
Guterres, que foi declarado 'persona non grata' pelo Governo israelita, exigiu a “libertação imediata e incondicional” dos reféns, ao mesmo tempo que apelou ao Hamas que “permitisse que o Comité Internacional da Cruz Vermelha visitasse estes reféns”.
My message to mark one year since the October 7 attacks. pic.twitter.com/0NPlHyAT6s
— António Guterres (@antonioguterres) October 5, 2024
As hostilidades na região do Médio Oriente eclodiram depois de o movimento islamita palestiniano Hamas ter atacado Israel, a 07 de outubro de 2023, causando cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, segundo as autoridades israelitas. Das pessoas raptadas durante o ataque do ano passado, 97 continuam reféns na Faixa de Gaza, incluindo 64 presumivelmente vivas e 33 mortas.
“Desde 07 de outubro, foi desencadeada uma onda de violência chocante e derramamento de sangue”, disse ainda o secretário-geral da ONU. “É tempo de libertar os reféns (...) É tempo de silenciar as armas. É tempo de acabar com o sofrimento que tomou conta da região”.
Também no Líbano as forças israelitas intensificaram os ataques contra o movimento xiita Hezbollah nas últimas semanas, com bombardeamentos quase constantes, incluindo na capital Beirute. De acordo com o Governo de Beirute, cerca de duas mil pessoas terão sido mortas e 1,2 milhões estão deslocadas.
“A guerra que se seguiu aos terríveis ataques de há um ano ainda está a destruir vidas e a infligir profundo sofrimento humano aos palestinianos em Gaza e, hoje, ao povo libanês”, disse Guterres.
Guterres reiterou o compromisso da ONU em alcançar “uma solução duradoura para o conflito em que Israel, a Palestina e todos os outros países da região possam finalmente viver em paz, dignidade e respeito mútuo”.
C/agências